A igreja foi escolhida soberana e livremente pelo Pai desde a eternidade. Foi remida pelo sangue de Cristo e selada pelo Espírito Santo. A igreja é o corpo de Cristo em ação na terra, é o santuário da habitação de Deus, a noiva do Cordeiro, a coluna e baluarte da verdade. A igreja deve ser depositária e portadora da verdade. Fora da verdade não há evangelho para pregar, não há salvação para receber nem esperança que sirva de âncora para a alma.
Vemos hoje, com pesar, a realidade de uma geração pós-cristã na América do Norte e na Europa e o florescimento de um misticismo acentuado na América Latina. Um grupo foge da verdade revelada pelo secularismo e o outro, pelo experiencialismo. Ambos relativizam as Escrituras: um esvaziando o seu conteúdo por uma interpretação racionalista e liberal; o outro, por buscar nela a sustentação para as suas práticas. Na América do Norte e na Europa muitas igrejas estão vazias, trôpegas e mortas. Existem grandes templos, suntuosas catedrais, ricas propriedades, uma colossal estrutura, mas sem vida, sem poder, sem autoridade para viver e pregar. Isso, porque abandonaram a fidelidade às Escrituras. Bandearam para o liberalismo teológico. Suprimiram a pregação evangélica. Deram pedra em vez de pão ao povo para comer. Por isso, a igreja está morrendo. Na verdade, quando a igreja começa a flertar com o liberalismo e se render aos seus interesses, ela perde a sua autoridade e deixa de ser embaixadora de Deus. Onde o liberalismo teológico chega, a igreja morre. Esse é um aviso solene que deve estar sempre trombeteando em nossos ouvidos. Mas, esse não é o único perigo. No Brasil, sobretudo, temos visto a pregação de um semi-evangelho, imiscuído com práticas condenáveis pelas Escrituras, induzindo os incautos a um misticismo semi-pagão. O evangelho tornou-se mercadoria e a igreja um balcão de negócio. A mensagem passou a ser para atender o gosto e a preferência da freguesia, fruto da pesquisa do mercado de consumo. A igreja capitulou-se ao pragmatismo moderno. Para muitos segmentos religiosos hoje, o que interessa não é a verdade, mas o que funciona. Não estão preocupados com o que é certo, mas com o que dá certo.
É imperativo que nesse tempo de confusão, apostasia e desequilíbrio a igreja de Deus se levante como coluna e baluarte da verdade. A doutrina bíblica é inegociável. Não podemos transigir com os absolutos de Deus.
Rev. Hernandes Dias Lopes.
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