Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom? Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo.
Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom?
Os crentes devem ser “zelosos do que é bom”. Você pode fazer alguma coisa boa por alguém? Pode ajudá-lo? Pode mudar alguma coisa ruim e torná-la boa? Então, faça-o — e faça-o com zelo!
Você será prejudicado? Não, em última instância. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8.31) “O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem? (Hb 13.6) “Não temais os que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer... Não se vendem cinco pardais por dois asses? Entretanto, nenhum deles está em esquecimento diante de Deus. Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais! Bem mais valeis do que muitos pardais” (Lc 12.4, 6-7).
Verso 14a: “Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois.”
Sim, haverá oposição, se você for zeloso do que é bom e justo, mas nunca esqueça a bem-aventurança: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5.10).
Versos 14b-15a:“Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; antes, santificai a Cristo, como Senhor.”
Você reverencia aquilo que teme. Por isso, acovardar-se em temor diante dos homens é o oposto de prostrar-se diante do Senhor da glória.
Versos 15b-16a: “Estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor.”
Por que eles perguntam sobre a nossa esperança? Porque a fome de felicidade no coração humano é tão intensa, que a única explicação para a nossa prontidão em sofrer por causa da justiça tem de ser uma esperança. Foi exatamente isso que Jesus disse: “Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus” (Mt 5.12). A esperança sustenta o zelo pelo bem, quando somos perseguidos. As pessoas sabem disso intuitivamente. Por isso, elas perguntam a respeito de nossa esperança.
Verso 16b: “Com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo.”
Existe um espaço de tempo entre a ocasião em que uma boa atitude é praticada e o momento em que é reconhecida como boa por nossos oponentes. Primeiro, eles “difamam” nossa atitude. Então, mais tarde, eles ficam “envergonhados”. Quanto tempo depois? Talvez, somente no Juízo Final algumas pessoas verão as coisas como realmente são. Para alguns, este reconhecimento pode vir mais cedo. Pedro descreveu a mudança do injuriar para o glorificar a Deus: “Mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação” (1 Pe 2.12). Assim, por enquanto, eles nos difamam como malfeitores, porém, mais tarde, glorificarão a Deus pelas próprias boas obras que antes injuriavam. Isto pode significar que eles foram convertidos aqui, ou que foram compelidos a render glória no dia do Julgamento.
Não temos o direito de fazer a determinação final. Nosso dever consiste em falar com uma consciência pura e dar uma resposta amável e reverente.
Você tem zelo por uma causa digna? Existe alguma coisa boa pela qual você está sendo difamado? Ou a sua rotina é tão inofensiva neste mundo perverso, que se enquadra adequadamente com as coisas que estão se passando, e, por isso, ninguém lhe pergunta coisa alguma?
Extraído do livro: Uma Vida Voltada para Deus, de John Piper.
Copyright: © Editora FIEL
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.
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