Uma verdadeira experiência espiritual transforma o coração
Quando o pior dos pecadores é levado a ver a divina amabilidade de Cristo, ele não mais especula porque Deus deve estar interessado nele, para salvá-lo. Antes, ele não poderia entender como o sangue de Cristo poderia pagar a penalidade pelos pecados. Mas agora, ele pode ver a preciosidade do sangue de Cristo, e como Ele é digno de ser aceito como um resgate para o pior dos pecados. Agora, a alma pode reconhecer que ele é aceito por Deus, não por causa do que ele é, mas por causa do valor que Deus põe no sangue, na obediência, e na intercessão de Cristo. Ver este valor e dignidade dá à pobre alma culpada, um descanso que não pode ser encontrado em qualquer sermão ou livreto.
Quando uma pessoa chega a ver o fundamento apropriado da fé e da confiança com seus próprios olhos, esta fé é salvadora. "Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna." (João 6:40) "Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra. Agora já têm conhecido que tudo quanto me deste provém de ti. Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste". (João 17:6-8)
É esta visão da divina beleza de Cristo que cativa as vontades e atraí os corações dos homens. Uma visão da grandeza visível de Deus em Sua glória pode esmagar os homens, acima daquilo que poderão suportar. Isto será visto no dia do julgamento, quando os ímpios serão trazidos diante de Deus. Eles serão esmagados, sim, mas a hostilidade do coração permanecerá integralmente e a oposição da vontade continuará. Mas por outro lado, um simples raio da glória moral e espiritual de Deus e da suprema amabilidade de Cristo brilhando no coração, sujeita toda hostilidade. A alma é inclinada a amar a Deus como se por um poder onipotente, de modo que agora não somente o entendimento, mas todo o ser recebe e abraça o amável Salvador.
Esta percepção da beleza de Cristo é o principio da verdadeira fé salvadora na vida de um verdadeiro converso. Esta é totalmente diferente de qualquer sentimento vago que Cristo lhe ama ou morreu por ele. Este tipo de sentimentos confusos podem causar um tipo de amor e alegria, porque a pessoa sente uma gratidão por ter escapado da punição de seu pecado. Na realidade, estes sentimentos são baseados no amor próprio, e de nenhuma maneira em um amor por Cristo. É uma coisa triste que tantas pessoas são iludidas por esta falsa fé. Por outro lado, um vislumbre da glória de Deus na face de Jesus Cristo causa no coração um supremo e genuíno amor por Deus. Isto é porque a luz divina mostra a excelente natureza da amabilidade de Deus. Um amor baseado nisto está muito, muito acima de qualquer coisa que venha de um amor próprio, o qual os demônios podem possuir tão bem como os homens. O verdadeiro amor por Deus que vêm desta visão de Sua beleza causa uma alegria santa e espiritual na alma; uma alegria em Deus, e um regozijo nEle. Não há regozijo em nós mesmos, pelo contrário há regozijo somente em Deus.
As experiências genuínas espirituais têm resultados diferentes
A visão da beleza das coisas divina causará verdadeiros desejos pelas coisas de Deus. Estes desejos são diferentes das aspirações dos demônios, as quais acontecem porque os demônios sabem da maldição que lhes esperam, e desejam que isto possa ser de alguma forma diferente. Os desejos que vêm desta visão da beleza de Cristo são desejos naturais livres, como um bebê desejando leite. Porque estes desejos são tão diferentes das suas falsificações, eles ajudam à distinguir a genuína experiência da graça de Deus da falsa.
As falsas experiências espirituais têm a tendência de causar orgulho, que é um pecado especial do diabo. "Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo".(1 Timóteo 3:6) O orgulho é um resultado inevitável das experiências espirituais falsas, embora elas sejam freqüentemente cobertas com um disfarce de grande humildade. A experiência falsa é enamorada com si própria e cresce assim. Ela vive da própria exibição de um jeito ou outro. Uma pessoa pode ter um grande amor por Deus, e ser orgulhosa da grandeza de seu amor. Ele pode ser muito humilde, e deveras orgulhoso de sua humildade. Mas, as emoções e experiência que vêm da graça de Deus são exatamente opostas. A verdadeira obra de Deus no coração causa humildade. Elas não podem causar qualquer tipo de exibicionismo ou auto-exaltação. A percepção da terrível, santa, e gloriosa beleza de Cristo mata o orgulho e humilha a alma. A luz da amabilidade de Deus, e esta somente, mostra à alma sua própria vileza. Quando uma pessoa entende isto, inevitavelmente começa um processo de fazer Deus maior e maior, e ele mesmo menor e menor.
Outro resultado da graça de Deus operante no coração é que a pessoa odiará cada mal e reagirá a Deus com um coração e uma vida santa. As experiências falsas podem causar uma certa quantia de zelo, e até muito do que é comumente chamado religião. Contudo, não é um zelo pelas boas obras. Sua religião não é um serviço de Deus, mas antes um serviço próprio. Isto é como o apóstolo Tiago o coloca neste mesmo contexto, "Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?" (Tiago 2:19,20) Em outras palavras, os feitos, ou boas obras, são evidências de uma genuína experiência da graça de Deus no coração. "E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade". (1 João 2:3,4) Quando o coração tem sido encantado pela beleza de Cristo, como poderia responder de outra forma?
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