Quando estava perto da morte, Calvino encarou a situação da mesma maneira que encarava o púlpito, isto é com grande resolução. Encontramos suas últimas palavras em uma forma de testamento:
Em nome de Deus, eu, João Calvino, servo da Palavra de Deus na igreja de Genebra… Agradeço a Deus não só por Ele ter sido misericordioso comigo, pobre criatura sua, e… por ter me tolerado em todos os pecados e fraquezas, mas principalmente por ter feito de mim um participante de sua graça a fim de servi-Lo por meio de meu trabalho… Confesso ter vivido e confesso que morrerei nesta fé que Ele me deu, porquanto não possuo outra esperança ou refúgio além de sua predestinação sobre a qual toda a minha salvação está baseada. Recebo a graça que Ele me ofereceu em nosso Senhor Jesus Cristo e aceito os méritos de seu sofrimento e morte, por meio dos quais todos os meus pecados estão enterrados. Humildemente suplico que Ele me lave e limpe com o sangue de nosso grande Redentor… a fim de que ao aparecer diante dele seja semelhante a Ele. Além do mais, declaro que me esforcei para ensinar sua Palavra de maneira imaculada, e para expor fielmente as Sagradas Escrituras, de acordo com a medida da graça que Ele me deu.
LAWSON, Steven J. A arte expositiva de João Calvino p. 28.
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